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quinta-feira, 14 de março de 2013


 
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Região Nordeste é considerada mais 'vulnerável' a tremores

Área fica mais próxima à borda de uma das placas tectônicas.
Em dez anos, foram mais de 60 mil pequenos abalos no Rio Grande do Norte.

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Depois do terremoto de 5,2 graus da escala Richter da última terça-feira (22), passou o susto, mas ficou a pergunta: o que faz a terra tremer? Só se falava nisso na quarta-feira (23). Todo mundo tinha uma opinião ou uma história para contar. Especialistas disseram que novos tremores não estão descartados, mas não devem ser tão fortes.

Veja o site do Bom Dia Brasil 

O Brasil está vivendo o que se chama de um “surto sísmico”, que é o resultado do acúmulo de energia durante milhões de anos. Por isso, os especialistas defendem a instalação de uma rede de detecção de terremotos mais moderna no país. 

O tremor ficou registrado no sismógrafo que Rogério Marcon construiu na casa dele. Estudante de Geologia em Campinas (SP), ele tinha outro objetivo quando montou o aparelho. “Ele foi montado há pouco tempo e eu esperava registrar tremores nos Andes, no Chile, que são muito mais comuns. Ainda bem que ele se manteve em cinco pontos, porque se fosse um pouco mais intenso, ele poderia causar maiores danos”, comentou Marcon.
   
 Placas tectônicas
O planeta é um grande quebra-cabeça formado por placas tectônicas. Se a Terra fosse plana, as linhas representariam os encaixes entre esses enormes blocos que estão em constante movimento. É justamente na região de encontro entre duas placas tectônicas que ocorre a maior parte dos terremotos.

No Brasil, os tremores não são tão freqüentes, porque o país está no centro de uma das placas, a sul-americana, que começa no meio do Oceano Atlântico e vai até a Cordilheira dos Andes. A maior parte do território está longe dessas bordas repletas de instabilidade.

Mesmo assim, existem pequenas falhas geológicas que também se movimentam em busca de uma acomodação natural. Uma dessas fissuras, a cerca de 200 quilômetros do litoral de São Paulo, se mexeu na ultima terça, provocando o abalo que assustou parte do país.
    
 Tremor mediano
As ondas viajaram por baixo da Terra, a dez quilômetros da superfície. Moradores de quatro estados sentiram o tremor: Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

“Esse tremor de terra mediano que aconteceu na margem continental, em frente a São Paulo, seria o sismo com uma liberação de energia que nós poderíamos aproximar em torno de uns 40 mil quilos de dinamite, mais ou menos”, compara o técnico em sismologia da Universidade de São Paulo (USP), José Roberto Barbosa.

Recentemente, para implodir um prédio, na Zona Sul de São Paulo, foram usados 175 quilos de dinamite. “Se tivesse acontecido dois ou três quilômetros de profundidade, obviamente a força das ondas que chegariam ao continente seriam muito maiores”, diz o técnico em sismologia da USP, José Roberto Barbosa.
    
 Mais vulnerável
A Região Nordeste, que fica mais próxima à borda de uma das placas, está mais vulnerável. Em dez anos, de 1986 a 1996, aconteceram mais de 60 mil pequenos abalos no Rio Grande do Norte.

As universidades brasileiras trabalham para criar uma rede de informações sobre terremotos em tempo real. Mas, mesmo quando os sismógrafos estiverem integrados, ainda não será possível prever a ocorrência de tremores.